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Como escolher adequadamente o modo de assistência em BTTAE?

O binário do motor é um dado importante para apreciar o comportamento da sua BTTAE no terreno. Os modos de assistência permitem-lhe dosear a potência em função das circunstâncias.

A assistência desportiva e dinâmica dos motores de BTTAE

O comportamento de uma BTTAE em pedalagem é determinado pelas caraterísticas técnicas do seu motor. As BTT elétricas são máquinas desportivas e potentes, que lhe permitem passar por pistas inacessíveis em tempo normal (com uma BTT muscular). Graças ao seu caráter desportivo, os motores das BTTAE são adaptados a estes terrenos e práticas extremas. Por desportiva, referimo-nos a uma assistência muito dinâmica, reativa, que acompanha o esforço do piloto com grande eficácia quando este pedala.

O comportamento desportivo dos motores de BTTAE traduz-se tecnicamente por um binário máximo elevado, entre 70 Nm e 90 Nm para as soluções de renome no mercado:

Todos estes motores têm níveis ou modos de assistência diferentes, que permitem ajustar a assistência em função do terreno (mais ou menos técnico ou acidentado), do perfil do utilizador (desportivo ou lazer), do tipo de saída (velocidade de cruzeiro em longa distância ou saída curta e rápida). Cada modo de assistência aplica um binário máximo específico. O primeiro modo de assistência oferece o binário mais fraco (60 Nm em modo Eco para o motor Performance Line CX), enquanto o modo mais potente proporciona o binário mais elevado (85 Nm em modo Turbo para o motor Performance Line CX).

Adaptar o modo de assistência da BTTAE no terreno.

Consoante o motor da sua BTT (Bosch, Yamaha, Shimano...) terá 2 ou 4 modos de assistência à sua disposição.

Terá sempre um primeiro modo “Eco”, perfeito para arrancar com suavidade, suficiente para as secções de pedalagem relativamente fáceis, útil para poupar bateria e prolongar as suas saídas ao máximo. Na outra extremidade, o modo mais potente (“Turbo” na Bosch, “High” na Yamaha, “Boost” na Shimano) ativa-se de preferência nas subidas mais curtas e inclinadas - explora toda a potência do motor mas esgota rapidamente a bateria. Os modos intermédios(“Tour” na Bosch, “STD” na Yamaha, “Trail” na Shimano) são calibrados para a maioria das subidas, escarpadas, sinuosas, técnicas, longas.

As marcas Bosch e Shimano permitem-lhe calibrar com precisão os vários modos de assistência (através de uma aplicação), para encontrar a potência correta consoante as suas preferências. Estas 2 grandes marcas de motores também oferecem modos otimizados para BTTAE (“Trail” na Shimano, “eMTB” na Bosch), que ajustam automaticamente o modo de assistência em função do terreno, graças a um sistema inteligente de vários sensores.

Utilizar devidamente a sua BTT de assistência elétrica: antes da saída

As verificações de uso antes de uma saída de BTTAE são idênticas às efetuadas antes de uma saídas de BTT clássica, com alguns pontos de atenção específicos.

As verificações incontornáveis numa BTTAE.

Verifique sempre o sistema de travagem exercendo uma pressão em cada manete. Verifique com atenção e regularmente o nível de desgaste das pastilhas de travão e o estado dos discos. Seria crítico, aperceber-se de que os seus travões falharam em plena descida.

Verifique regularmente o aperto das diferentes fixações: eixo de roda, espigão de selim, posto de pilotagem. Veja também o estado geral da sua bike, para atualizar marcas de abatimento ou verificar fissuras no quadro, nomeadamente na zona do motor.

Os ajustes numa BTTAE

Verifique bem a pressão dos pneus e das suspensões, respeitando as recomendações do fabricante e afinando os ajustes em função do seu peso, da sua prática, do terreno. Lembre-se de que, em BTTAE, há 2 pontos essenciais: a motricidade em pedalagem e a aderência em travagem. Para subir as encostas mais inclinadas, poderá ajustar a afinação das suspensões, para conseguir o máximo de compressão na dianteira e mais firmeza na traseira.

Numa BTT de assistência elétrica, também é interessante rebaixar (um pouco) a altura habitual do seu selim, para conseguir mais estabilidade e agilidade em pedalagem. Estará mais à vontade e será mais eficaz nas secções a subir difíceis.

Depois de seguir esta checklist, poderá ativar o sistema de assistência. Para começar, aconselhamos que selecione o primeiro nível de assistência (modo Eco). O seu arranque será mais suave e fácil de dominar.

Utilizar devidamente a sua BTT elétrica: antes da saída

Não nos cansamos de repetir, pedalar e pilotar uma BTTAE é um exercício um pouco estranho, diferente dos hábitos dos iniciados.

As regras gerais para rolar como deve ser numa BTTAE

Lembre-se, a assistência do motor só é ativada quando pedala. Regra geral, deverá manter uma cadência regular de cerca de 70 a 90 rotações/minuto para beneficiar do melhor rendimento do motor. A esta frequência de pedalagem, o motor da BTTAE está na sua zona de conforto, onde consome menos energia.

Numa subida longa, aconselhamos que privilegie a troca de velocidades em vez da troca de modo de assistência para se adaptar ao terreno, antecipando as variações de inclinação. A ideia é utilizar os diferentes modos a tempo, mantendo um funcionamento suave e eficaz.

Nos primeiros tempos de utilização, é importante dominar a máquina. O melhor a fazer será familiarizar-se com o modo “Eco”, para sentir corretamente e aprender o comportamento da sua bike - irá aprender a assistência com mais exatidão. Testar o modo de assistência intermédio, e depois do modo máximo, chega num segundo momento - estes modos permitem-lhe explorar todo o potencial da sua BTTAE.

Os nossos conselhos para trepar eficazmente com uma BTTAE

A sua BTTAE tem o potencial de subir as pistas mais difíceis em montanha. Se seguir por trilhos muito escarpados, num terreno solto e uma inclinação muito pronunciada, é indispensável dominar a potência do motor. Se não dominar a sua bike na subida, terá de meter os pés no chão. Se solicitar o motor em potência máxima estando mal posicionado, tem grandes hipóteses de virar a BTT ou de colocar a roda traseira a derrapar. Os desafio é encontrar a fórmula correta, a mais equilibrada, para progredir corretamente na subida. Trepar bem ao guiador de uma BTTAE é encontrar a melhor combinação entre relação de mudanças e nível de assistência, adaptando a sua posição para distribuir devidamente o seu peso.

A pilotagem em subida requer a antecipação das armadilhas (raízes atravessadas e degraus de pedra), para traçar uma linha eficaz. Evite a todo o custo ficar preso num obstáculo, porque arrisca transformar a sua potente máquina num peso morto.

Pilotar ao guiador de uma BTT elétrica

Tal como numa subida, pilotar numa descida requer uma grande antecipação. Devido ao peso da BTTAE, o tempo de travagem é necessariamente mais longo. Pilotar a sua BTTAE obriga a ter cuidado com a entrada em curva, a antecipar a linha, a manter o máximo de suavidade e fluidez nas trajetórias, para poder manter o controlo, a estabilidade e a velocidade.

Obviamente, aconselhamos que o iniciantes em BTTAE se lancem nas pistas mais técnicas com humildade.

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Utilizar devidamente a sua BTT: depois da saída

Depois de uma saída, é indispensável fazer a manutenção correta da sua BTTAE, que terá necessariamente juntado pó ou lama. Antes de limpar a bike, lembre-se de retirar a consola e a bateria, para as lavar à parte, com um pano húmido. A manutenção de uma BTTAE segue as mesmas etapas que a manutenção de uma BTT muscular. Acima de tudo, deverá insistir nos elementos da transmissão, limpá-los e lubrificá-los com maior regularidade para prolongar a vida útil.

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